Brinco infantil: saiba quando furar a orelha do seu bebê

O brinco infantil é um tema que rende inúmeras discussões, onde até mesmo a top model internacional Gisele Bundchen foi alvo de crítica, quando, em 2013, a brasileira publicou em suas redes sociais uma foto da sua filha caçula, Vivian Lake, de apenas 7 meses com as orelhas perfuradas.

Ainda que seja extremamente comum e uma prática da grande maioria, o brinco para bebê ainda é algo de algumas críticas e debates sobre o tema.

No entanto, para quem deseja recorrer ao brinco de bebê para adicionar um ar mais delicado à criança, é importante estar atento ao período para realizar a perfuração, tendo em vista que a recomendação médica mudou ao longo dos anos.

Em entrevista ao laboratório Oswaldo Cruz, o médico pediatra Bruno Almagro recomenda aguardar ao menos até a segunda semana  de vida para realizar a perfuração. Essa recomendação vai contra a orientação de realizar a perfuração o quanto antes, ainda na maternidade, que era relativamente comum antigamente.

“Atualmente, não existe um consenso sobre uma idade específica. De maneira geral, após duas semanas é possível realizar o procedimento com maior segurança”, explica o médico, salientando o risco menor de infecção.

O médico ainda refuta um mito, onde a recomendação era recorrer à perfuração das orelhas antes da criança completar 3 meses, sob a crença de uma sensação de dor menor. “A dor é a mesma, independentemente da idade. A diferença é que nos primeiros meses não existe a percepção do que está acontecendo”.

Normas sobre o brinco infantil

Entre 2003 e 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) veiculou uma norma que proibia as farmácias e drogarias de realizar a perfuração de orelhas em crianças. No entanto, ainda que a regra não seja mais aplicável, permitindo a realização do procedimento nesses estabelecimentos, ainda é comum os pais encontrarem dificuldade em encontrar um local que faça as perfurações.

Atualmente, a recomendação da Anvisa sobre o assunto estabelece apenas que as perfurações devem ser realizadas por um profissional enfermeiro, farmacêutico, pediatra e acupunturista, dentre de um ambiente hospitalar ou em farmácias.

Uma recomendação geral dos médicos quanto ao procedimento, é a utilização de um brinco de bebê que seja antialérgico, para minimizar os riscos, ou seja, uma peça confeccionada em aço inox de grau cirúrgico ou folheados a ouro 24K.

Já sobre as orientações gerais após o procedimento, o pediatra Bruno Almagro reforça os cuidados fundamentais. “Durante duas semanas o local deve ser limpo diariamente com álcool 70%, o mesmo utilizado no coto umbilical”. Caso o local da perfuração apresente sinais como vermelhidão ou a presença de secreção, um pediatra deve ser consultado a respeito de quais atitudes tomar.

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